A água é a bebida mais consumida em todo o mundo. Barata e livre de
calorias, ela é essencial para a manutenção da beleza e para o bom
funcionamento do organismo. Muita gente, no entanto, não sabe qual deve ser a
quantidade correta de água a ser ingerida diariamente. Afinal, este cálculo
deve ser personalizado para que não aconteça um excesso, que poderia ser
prejudicial à saúde.
Isabel Jereissati, nutricionista funcional e docente da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou que os alimentos também são boas fontes de
água e devem ser levadas em conta. "Quem come muitas verduras e frutas,
por exemplo, pode necessitar da ingestão de menos água, enquanto aqueles que
ingerem muito sal vão precisar de uma maior quantidade do líquido", lembrando
que cerca de 65% do nosso organismo é constituído de água. A função deste
líquido em nosso organismo é bem ampla. A água ajuda na filtração renal, na
eliminação das toxinas da alimentação, além de hidratar pele, cabelo e
intestino, melhorando seu funcionamento.
Nada de exageros
Beber água demais pode fazer mal à saúde. Isabel contou que o excesso de líquido pode levar a um quadro de confusão mental e hiponatremia, que é a baixa concentração de sódio no sangue. Para não errar a mão e saber quantos copos consumir, a nutricionista explicou que se deve levar em consideração a água presente nos alimentos e também dados pessoais, como idade, peso, nível de atividade física, clima, alimentação, função renal, grau de hidratação, "este é descoberto por meio de exame de bioimpedância, aparência da pele e cor da urina", entre outros exames. Também é possível fazer um cálculo simples: "um adulto saudável pode tomar cerca de 35 ml de água por quilo de peso. Por exemplo, um indivíduo de 70 kg deveria ingerir 2450 ml de água pura por dia".
"Para acontecer uma sobrecarga renal ou um edema cerebral por excesso
de água, no entanto, a pessoa precisa consumir cerca de sete litros por dia,
algo muito além dos dois litros estipulados como padrão geral".
Há pessoas que devem restringir o consumo de água devido a problemas de
saúde. "Aqueles que sofrem de doenças cardiovasculares, como insuficiência
cardíaca congestiva, e doenças renais, como insuficiência renal aguda, podem
ser indicados a reduzir o consumo de líquidos para não sobrecarregar o coração,
que bombeia o sangue, e o rim, que filtra o sangue".
Por outro lado, idosos e crianças são mais suscetíveis à desidratação. Os
mais velhos, por sentirem menos sede, terem que tomar diuréticos, falta de
mobilidade, entre outros. Os pequenos são mais ativos e não têm controle da
sede, dependendo de outra pessoa para ter acesso ao líquido.
Qual água escolher
Não há diferença entre a água mineral e a água filtrada, pois ambas possuem os mesmos eletrólitos como sódio, cálcio e potássio, em concentrações diferentes. Apesar de a água mineral possuir pH alcalino e menos oligominerais, como o magnésio, a água filtrada, quando tratada, pode ser ingerida sem problemas, pois possui flúor e ajuda a prevenir as cáries. "É importante dar atenção aos alimentos e bebidas que nos fazem desidratar, como o café, o chá mate, refrigerantes de cola, embutidos, molho de soja e outros alimentos industrializados ricos em sódio”.
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