O que os
sais minerais podem fazer por nós?
Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. É necessário ingerir cálcio e fósforo em quantidades suficientes para a
constituição do esqueleto e dos dentes. Outros minerais, como o iodo e o flúor,
apesar de serem necessários apenas em pequenas quantidades, previnem o
aparecimento de doenças como a cárie
dentária e o bócio. Uma alimentação pobre em ferro provoca anemia (falta de glóbulos vermelhos no sangue).
O excesso de sódio,
provocado pela ingestão exagerada de sal,
aumenta o risco de doenças cardiovasculares e é um dos responsáveis pela hipertensão.
Assim como as vitaminas, os sais minerais não são
produzidos pelo nosso corpo. Nós precisamos deles para viver uma vida saudável
e sem doenças, para isso é necessário ingerir alimentos que nos forneçam os
minerais necessários para nossa sobrevivência.
Existem dois tipos de
minerais: os macrominerais ou macronutrientes e os microminerais ou
micronutrientes. A diferença entre os dois é a quantidade desses elementos que
nosso corpo precisa diariamente. Dos micro, a quantidade é bem menor, e dos
macro precisamos muito mais para poder sustentar as funções normais das células.
Os micronutrientes
Os principais microminerais
essenciais ao nosso corpo são: zinco, ferro, manganês, cobre, iodo, cobalto,
molibdênio, flúor, cromo e selênio, de todos eles precisamos
quantidades diárias menores que 12 mg por dia.
Os macronutrientes
Com muito mais necessidade,
precisamos de quantidades acima dos 100mg desses elementos diariamente para uma
vida saudável, os principais são: cálcio,
fósforo, sódio, potássio e cloro. Sendo que o cálcio e o fósforo são
encontrados nos nossos dentes e ossos e o magnésio nas reações das enzimas de
nosso corpo.
As funções dos sais minerais no organismo
Os sais minerais executam
diversas funções dentro do nosso corpo: o cálcio, o fósforo e o flúor ajudam na
formação dos ossos e dentes, os impulsos nervosos são regulados graças ao sódio
e ao potássio. O magnésio tem funções na contração muscular e atividades
enzimáticas, já o ferro é essencial na hemoglobina do sangue, o cobre atua na
melanina da pele e o cloro ajuda a equilibrar os fluídos líquidos do corpo.
O que as deficiências de sais
minerais causam
A carência de minerais em
nosso organismo pode causar o desenvolvimento de diversas doenças. A anemia é
causada pela falta de ferro, a falta de flúor causa cárie dentária, o bócio é
causado pela falta de iodo, carência de potássio causa a fadiga muscular. E
como os minerais que necessitamos vêm diretamente da comida que ingerimos, em
alguns países a população sofre da falta de certos nutrientes por causa do solo
em que os alimentos são plantados. Essas deficiências são mais críticas do que
muitas das carências de vitaminas, e também os sintomas são muito distintos,
apenas sabendo da deficiência através de exames médicos. Mesmo assim as
pessoas devem ter em mente que uma alimentação saudável e variada deve fornecer
todos os sais minerais necessários para o nosso corpo. Excessos de minerais
também causam doenças, é o caso da hipertensão, que pode ser causada pelo
excesso de sódio.
Vale lembrar que a reposição
de sais minerais no organismo a partir de remédios deve ser feita somente
através de prescrição médica, já que, ao contrário das vitaminas (exceto a
vitamina A), o excesso dessas substâncias no nosso corpo também pode causar
doenças graves. Por isso o melhor a se fazer é mudar a dieta alimentar para uma alimentação saudável que supra todas as nossas
necessidades.
Ferro
O Ferro é um elemento de origem mineral
e que pode se manifestar nos alimentos em duas formas químicas diferentes.
Existe o ferro “não hemínico”, ou ferro “não heme” (também denominado por vezes
de “inorgânico”), que se encontra presente nos vegetais, leite e ovos. Estes
alimentos só contêm este tipo específico de ferro, embora na carne e no peixe o
ferro “não heme” constitua cerca de 65% do total. O ferro “heme”, “hemínico” ou
orgânico só se encontra na carne e no peixe, constituindo 35% do total de ferro
contido nestes alimentos.
O ferro, independentemente do seu tipo,
seja ferro “heme” ou ferro “não heme”, possui uma taxa reduzida de absorção. As
taxas variam conforme o tipo, mas a absorção nos vegetais em geral é de 10%, do
peixe cerca de 15% e da soja e seus derivados cerca de 20%. O tipo de alimento
que apresenta uma maior taxa de absorção de ferro é o grupo das carnes, registrando-se
30% de absorção efetiva. Existe o mito que o ferro da carne é melhor que o
ferro de origem vegetal, embora este fato não seja correto. Isto porque o
organismo não consegue distinguir, uma vez absorvido, se o ferro proveio de
vegetais ou carne, sendo ambos os tipos aproveitados metabolicamente. O que
acontece é que, como se demonstrou, a taxa de absorção do ferro da carne, o
ferro “heme” é superior ao ferro vegetal, o ferro “não heme”, embora seja mais
prejudicial ao coração. A vitamina C aumenta a absorção do ferro “não heme”. Já
o cálcio, os oxalatos das verduras, fitatos dos cereais, os polifenóis ou
taninos do chá e até certos alimentos de origem vegetal podem prejudicar a
absorção de ferro, caso estejam presentes em excesso.
Principais fontes:
Carnes, porco e frango.
Cálcio
A necessidade de cálcio são
geralmente supridas por laticínios, especialmente leite e verduras
verde-escuras. A maior parte do cálcio (90%) é armazenada nos ossos, com
uma troca constante ocorrendo com o sangue, tecidos e ossos.
Sendo fundamental para o fortalecimento de ossos e dentes,
o cálcio também é necessário para o funcionamento adequado do sistema
nervoso e imunológico, contração muscular, coagulação
sanguínea e pressão arterial.
Principais fontes:
Laticínios: leite, iogurte e queijos,
peixes, legumes, brócolis e repolho.
Fósforo
Atua na formação dos dentes e ossos; indispensável
para o sistema nervoso e o sistema muscular, junto com o cálcio e com a
vitamina D combatem o raquitismo.
Fósforo tem
um papel importante na produção de energia juntamente com o cálcio.
A energia química do corpo é armazenada em combinações de fosfato
de alta energia.
O elemento fósforo é altamente venenoso,
mas não é tóxico quando ingerido como fosfato na dieta.
Principais fontes:
Carnes, porco, frango e repolho
Magnésio
Pesquisas revelaram que o magnésio tem
um papel fundamental no desempenho em esportes de resistência. Este mineral atua
principalmente nos músculos e ossos, onde ajuda na contração
muscular e metabolismo energético.
Estudos mostraram que a deficiência de magnésio diminui
a resistência e que o baixo nível deste mineral na circulação está
associado à diminuição da capacidade aeróbica. Infelizmente, baixo nível de magnésio na circulação já
foi constatado em corredores após a maratona está relacionado à
perda pela transpiração.
Principais fontes:
Legumes e nozes
Zinco
Atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na
respiração dos tecidos, participa no metabolismo das proteínas e carboidratos.
Sua falta provoca a diminuição dos hormônios
masculinos e favorece o diabetes.
Zinco ajuda
a manter o sistema imunológico sadio, facilita a cicatrização de
machucados e recuperação de lesões. Além disso, como atletas perdem zinco pelo suor,
eles podem se tornar deficientes deste mineral mais rapidamente. Um
dos sinais de deficiência de zinco é o aumento de resfriados.
Principais fontes:
Alimentos ricos em proteínas como: carnes, frango e peixe.
Potássio
Potássio é
um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração
muscular e equilíbrio de fluidos no organismo. Sintomas de deficiência de potássio incluem
fraqueza muscular, desorientação e fadiga.
Principais fontes:
Carne e leite, frutas
Sódio
Sódio é
um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos
no organismo. Corredores participando de maratonas devem prestar
atenção na reposição de sódio para evitar a hiponatremia.
Muito sódio na dieta pode levar à hipertensão em
pessoas com predisposição genética.
Principais fontes:
Sal e azeite, alimentos processados.
Flúor e
outros minerais
Previne dos rins, da micose, dilatação das
veias, cálculos da vesícula e paralisia.
Flúor e fluoreto são necessários para que o cálcio seja depositado aos ossos. Este e outros minerais como boro, cromo, cloreto, cobre, manganês, molibdênio, selênio, silício, enxofre e vanádio são necessários para a saúde em quantidades extremamente reduzidas.
Uma dieta normal provê as
quantidades necessárias destes elementos.
Tabela de Sais Minerais
Sal mineral
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Função
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Sua falta provoca
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Fontes
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Cálcio
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Atua na formação de tecidos, ossos e dentes; age na coagulação do
sangue e na oxigenação dos tecidos; combate as infecções e mantém o
equilíbrio de ferro no organismo
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Deformações ósseas; enfraquecimento dos dentes
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Queijo, leite, nozes, uva, cereais integrais, nabo, couve, chicória,
feijão, lentilha, amendoim, castanha de caju
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Cobalto
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Age junto com a vitamina B12, estimulando o crescimento e
combatendo as afecções cutâneas
|
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Está contido na vitamina B12 e no tomate
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Fósforo
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Atua na formação de ossos e dentes; indispensável para o sistema
nervoso e o sistema muscular; junto com o cálcio e a vitamina D, combate o
raquitismo
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Maior probabilidade de ocorrência de fraturas; músculos atrofiados;
alterações nervosas; raquitismo
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Carnes, miúdos, aves, peixes, ovo, leguminosas, queijo, cereais
integrais
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Ferro
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Indispensável na formação do sangue; atua como veiculador do oxigênio
para todo o organismo
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Anemia
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Fígado, rim, coração, gema de ovo, leguminosas, verduras, nozes,
frutas secas, azeitona
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Iodo
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Faz funcionar a glândula tireóide; ativa o funcionamento cerebral;
permite que os músculos armazenem oxigênio e evita que a gordura se deposite
nos tecidos
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Bócio; obesidade, cansaço
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Agrião, alcachofra, alface, alho, cebola, cenoura, ervilha, aspargo,
rabanete, tomate, peixes, frutos do mar vegetais
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Cloro
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Constitui os sucos gástricos e pancreáticos
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É difícil haver carência e cloro, pois existe em quase todos os
vegetais; o excesso de cloro destrói a vitamina E e reduz a produção de iodo
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Potássio
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Atua associado ao sódio, regularizando as batidas do coração e o
sistema muscular; contribui para a formação as células
|
Diminuição da atividade muscular, inclusive a do coração
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Azeitona verde, ameixa seca, ervilha, figo, lentilha, espinafre, banana,
laranja, tomate, carnes, vinagre de maçã, arroz integral
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Magnésio
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Atua na formação dos tecidos, ossos e dentes; ajuda a metabolizar os
carboidratos; controla a excitabilidade neuromuscular
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Provoca extrema sensibilidade ao frio e ao calor
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Frutas cítricas, leguminosas, gema de ovo, salsinha, agrião,
espinafre, cebola, tomate, mel
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Manganês
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Importante para o crescimento; intervém no aproveitamento do cálcio,
fósforo e vitamina B1
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Cereais integrais, amendoim, nozes, feijão, arroz integral, banana,
alface, beterraba, milho
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Silício
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Age na formação dos vasos e artérias e é responsável pela sua
elasticidade; atua na formação da pele, das membranas, das unhas e dos
cabelos; combate as doenças da pele e o raquitismo
|
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Amora, aveia, escarola, alface, abóbora, azeitona, cebola
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Flúor
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Forma ossos e dentes; previne dilatação das veias, cálculos da
vesícula e paralisia
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A necessidade de flúor é muito pequena; ele é recomendado apenas para
gestantes para crianças durante a formação da segunda dentição
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Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã,
trigo integral
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Cobre
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Age na formação da hemoglobina (pigmento vermelho do sangue)
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Centeio, lentilha, figo eco, banana, damasco, passas, ameixa, batata,
espinafre
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Sódio
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Impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode formar
cálculos biliares ou nefríticos; previne a coagulação sangüínea
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Cãibras e retardamento na cicatrização de feridas
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Todos os vegetais (principalmente salsão, cenoura, agrião e cebolinha
verde), queijo, nozes, aveia
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Enxofre
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Facilita a digestão; é desinfetante e participa do metabolismo das
proteínas
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Nozes, alho, cebola, batata, rabanete, repolho, couve-flor, agrião,
laranja, abacaxi
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Zinco
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Atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos
tecidos; participa no metabolismo das proteínas e carboidratos
|
Diminui a produção de hormônios masculinos e favorece o diabete
|
Carnes, fígado, peixe, ovo, leguminosas, nozes
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